Molise é uma região tão remota que até mesmo muitos italianos nunca a visitaram, sendo que até mesmo suas praias no Adriático costumam ficar vazias mesmo no verão. Molise possui duas DOCs, conhecidas apenas na região.
A região já fez parte de Abruzzo, seu vizinho do norte, mas se separaram em 1963. Com a Puglia ao sudeste, Campania a sudoeste e oeste e com o Adriático a nordeste, Molise está equidistante de Roma e Nápoles.
Das 20 regiões da Itália, Molise é a 19ª em tamanho e população (somente
o Vale da Aosta, no meio dos Alpes tem menos área e população). A região é montanhosa, com os Apeninos chegando à quase 2 mil metros de altitude no sul.
Apesar das montanhas, do clima seco e ensolarado, Molise não explora o seu potencial vinícola.
As principais uvas utilizadas em Molise são as da Itália Central: Montepulciano, Sangiovese e Trebbiano Toscano. Entretanto algumas uvas tradicionais do sul também são utilizadas, tais como Aglianico e Greco da Campania e Bombino Bianco e Bombino Nero da Puglia. Apenas 2% dos vinhos produzidos são DOC.
A área vinícola mais importante é a província de Campobasso, que ocupa 2 terços da região, na parte leste. A outra área vinícola é a Biferno DOC, situada inteiramente nos Apeninos, à oeste ( Biferno é o nome do rio, e são os únicos vinhos conhecidos fora da região). Biferno Rosso é seco, com 60 a 70% Montepulciano, 15 a 20% Trebbiano e outras variedades. Biferno rosato utiliza as mesmas castas do tinto, e o Bianco é seco com 60 a 70% Trebbiano, 25 a 30% Bombino Bianco e 5 a 10% Malvasia.
A outra DOC de Molise é Pentro ou Pentro d’Isernia, proveniente de duas regiões distintas no oeste de Molise. A apelação Pentro possui o Rosso Seco( 45 a 55 % de Montepulciano, 45 a 55% de Sangiovese, 10% de outras variedades). O rosato seco tem as mesmas uvas do tinto, e o Bianco seco possui 60 a 70% de Trebbiano Toscano, 30 a 40% de Bombino Bianco e outras variedades opcionais.